sábado, 12 de junho de 2010

Do Fim ao Afim


Não há prazer que permaneça
Não há dor que perdure
Não há dia que esclareça
Não há leveza que dure
Não há abraço que aqueça
Não há revolução que cure
Não há lugar que apeteça
Não há ponta que fure
Não há tempo que esqueça
Não há esperança que jure
Há apenas assim
A certeza do fim
Do amor que adote
O desejo da morte
Que é sempre sentido
Que não é argüido
Que nunca é ilusão
Que há tempo demais pulsão
Natural, passional, amoral
Que não agora
Que não há hora
Que não anterior
Só ulterior, posterior enfim.

Um comentário:

  1. Se o sentido não é o sentido que podemos dar, mas aquele que não temos como interfirir, por mais que ele nos assuste, nos entorpeça e faça parte das grandes questões filosóficas da humanidade, prefiro o sentido que buscamos dar ao mundo com nossas ações, concepções e com nossas escolhas de vida.

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