quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Entraste, saudade
Estranha saudade
Entranha-se em mim, saudade
Emprenha-me de ti, saudade
Estou grávida do que nunca vai nascer

domingo, 26 de setembro de 2010

Tua boca semi-aberta é o convite,
Teu corpo trêmulo, a tormenta,
Teu fedor me atiça,
Teus abraços estranho,
Tantos beijos me possuem.

Rijo vou para onde quiseres,
Em tua umidade eu regarei,
Em teu corpo me encharcarei;
Chafurdado em ti me assustarei,
Entre tuas pernas me perderei.

Gemerei sem dor quando meu membro se impor,
Ao te virar, te travarei,
Ao me sentares relaxarei,
ignorando-te, gozarei.

Em teus braços dormirei,
ofegante e esperançoso
de tua boca me convidar de vez.


sábado, 25 de setembro de 2010

Obsessiv@

Queria fazer um poema para ti, mas só penso em mim. Farei, assim, um poema para nós. Não, esqueça! O poema será sobre terceiros. Não, melhor, será um poema sobre a dor que deveras sinto. Ou invento, ou cuido, ou finjo. Desisti de tudo que faria, pois quero te ouvir e te compreender. Apreender-te já seria demais, mistérios sempre existem. Na verdade sinto-me deseperado, querendo estar cada vez mais próximo de ti, sem, no entanto, nos sufocar. Quero dizer algo que te atinja tão profundamente que te transforme. Atingir-te não, tocar-te. Tocar-te seria suficiente para meu desejo? Pouco importa, ele é irrealizável. Queria desejar o teu desejo. Querer tua querência. Amar teu amor. Então em mim farei o poema para ti. Marcar-me ei de ti. Forjar-me-ei de ti. Inebriar-me-ei de ti. E realizar-me-ei de ti. Principalmente se te mostrares a mim; sei que quando te mostras não percebo. Pois te ouvirei. Diga para mim. Fale de si. Conte-me de mim.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

mortevidAMORtevida

Não vou morrer de noite, pois sei que o dia virá;
Não vou morrer de frio, já que o Sol me esquentará.
Vou viver de mar, pois viver é navegar,
Vou viver de luz, ela não me faltará.
Ao vento me criarei,
Ao raio encontrarei.
Entristece-me você viver de rio
E nunca chegar ao mar.

Com todo o meu brio,
Agora brado;
Você ser oposto ao sol é minha ruína,
Mas também minha redenção,
Minha angústia e salvação.
Ver-te todo dia, te contemplar  à noite
E não poder te tocar nem de quina.
Querer-te para mim já seria um açoite,
Já que não é de ninguém quando é mina.


terça-feira, 21 de setembro de 2010

Eu não posso postar a dor e mesmo que pudesse, ninguém comentaria. Tod@s precisam cuidar de suas próprias dores, acho que há mais dor no mundo do que pessoas...Car@s leitor@s, mesmo que vocês comentem a minha dor, ela não vai passar, então, não se dêem ao trabalho.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

À Z

Não tenha medo que o curar magoa.
Não tenha medo que o fazer supera.
Não tenha medo que o mudar avoa.
Não tenha medo que o amor ampara.

Supere seus medos para encontrar o inesperado,
Supere seus medos para fenecer o mistério,
Supere seus medos para encarar o inconformado,
Supere seus medos para reconhecer o despautério.

Sem medo lance um olhar ao mar,
E sem medo o ouça borbulhar;
Sem medo alcance o rio,
E sem medo se acolha do frio.

Esbarre com seu medo ao caminhar;
Desafie seu medo ao encorajar;
Ignore seu medo ao se entregar;
Respeite seu medo se a respiração mandar.

Se o medo à noite visitar, acalma,o dia já vai estar;
Se o medo de manhã espreitar, levanta, terá que lutar.
Se o medo assustar se aninhe.
Se o medo dominar se anime.
Se o medo machucar se resguarda.
Se o medo confrontar aguarda,
Que seu medo num quando não vai estar,
E então poderá se testar,
Nesse momento voltará a abraçar
Sem a necessidade de se embaraçar



                                                             

colar de sementes pretas,

Você sempre foi raio de sol, chegou com a manhã e foi embora com o anoitecer, mas deixou a noite para eu sonhar, noite longa e quente em que só sonhei contigo. Sonhei tão forte que fiz, fiz você sonhar comigo também... nos encontramos em nossos sonhos, brincamos, rimos, ficamos tão contentes que resolvemos nos encontrar acordados.