domingo, 15 de agosto de 2010

Quando te desejo
Desaprendo a mentir,
O que em ti vejo
Me obriga a reprimir.
Procuro teu rastro,
Esforço vão,
Nesse momento castro,
Me povôo de ilusão.
Olho-me para poder te rever,
Pois o que em ti vejo
Não consigo reaver,
Não mais elejo, não mais ensejo;
É que tu com ele,
No pronome plural reto,
Rechaça minha pele
E não te acarinho, apenas me afeto.
Vejo os vossos nós,
Por que o que em ti vejo
Não é mais o nosso nós,
É com quem pelejo.
Esse pensamento que me atormenta
Não me deixa te possuir;
Mesmo quando vens sedenta
me acovardo em nos punir.
O que em ti vejo
Não reflete mais em mim;
Assusto-me com o que prevejo
O inexorável alívio do fim.

2 comentários:

  1. há nós que não existem, tente tocar delicadamente a região onde vc sente o nó e ver como com um leve carinho vc pode desfazê-lo. A maioria dos nós são formados por estresses provocados pelo dia-adia e por uma rotina de movimentos repetitivos e inadequados a um corpo em movimento como o corpo humano. Precismaos estudar mais ergologia?!

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  2. existem nós que não existem, kkk, realmente...
    quis dizer apenas que eles parecem maior quando o reflexo é uma forte dor,mas que um simples carinho, massagem, toque, enfim, podem resolver

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