Hoje é um dia daqueles do qual não me lembrarei; amanhã não o recordarei, ontem não o pressenti, agora ele pouco me importa. É um dia em trezentos e sessenta e cinco ou em mil ou em milhão. Eu existo, o sol existiu e a escuridão posterior não se furtará em existir. Até o tempo insiste em sua existência. O dia que não se deixou foi um sonho, mas também não foi. Não desafiou minha loucura nem aferiu minha sanidade. Não doeu nem aliviou. Um dia que não entendi posto que o ignorei. Um dia que nasceu com a predestinação de todos os dias, que é a noite, que é o fim; no entanto nele nada aconteceu, nada vi, nada percebi. Sei que esse dia existiu por uma abstração, um exercício mental, pois tudo que desse dia senti foi eu.
e não seria justamente o exercício mental de abstração sobre o dia que fez com que vc não o ignoresse,mas ao contrário, pensasse sobre o sentido dos dias, do tempo...
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