segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Nem sempre


Venha princesa,
Vamos fugir desse castelo de mentiras,
Dessas correntes de ilusão,
Dessas verdades impublicáveis,
Dessas vidas descartáveis.

Convido-te princesa,
A construir um mundo sem amarras,
Sem servidão ou escravidão,
Onde não será preciso alforria,
Onde se vive dia após dia,
Onde o futuro não será preocupação, embora a solução.

Para isso, princesa, devemos ser furtivos e corajosos,
Teremos que enganar o mercado que não é Deus,
E decapitar o capital, que faz as vezes Dele, mas não é onipresente.
Então vamos em frente.

Nesse mundo princesa,
Não serás mais indefesa;
Ainda existirá dor e confusão,
Tristeza e frustração,
Mas conhecerá amores novos, livres e dignos
Sem que esses sejam apenas signos,
Posto que de pessoas assim se erguerão,
Sem importar se é varão ou não

Mas vamos logo princesa,
O que nasceu para sempre, sempre será,
Mas sempre é muito tempo,
Eu já não agüento, muitos já não querem,
Mesmo aqueles que ferem enquanto nos quebramos.

2 comentários:

  1. acho difícil imaginar uma princesa construindo um mundo assim

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  2. sim, como nós, filhos do capitalismo, vamos construir o mundo sem capital.

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