quarta-feira, 22 de setembro de 2010

mortevidAMORtevida

Não vou morrer de noite, pois sei que o dia virá;
Não vou morrer de frio, já que o Sol me esquentará.
Vou viver de mar, pois viver é navegar,
Vou viver de luz, ela não me faltará.
Ao vento me criarei,
Ao raio encontrarei.
Entristece-me você viver de rio
E nunca chegar ao mar.

Com todo o meu brio,
Agora brado;
Você ser oposto ao sol é minha ruína,
Mas também minha redenção,
Minha angústia e salvação.
Ver-te todo dia, te contemplar  à noite
E não poder te tocar nem de quina.
Querer-te para mim já seria um açoite,
Já que não é de ninguém quando é mina.


6 comentários:

  1. Gostei muito. Cria angústia, mas mostra que a angústia move. É muito deselegante fazer sugestão de ritmo?

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  2. De modo algum. Acho que você está se tornando um importante crítico de nossos escritos.Estamos gostando muito desse nosso novo canal de comunicação.

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  3. Pro poema seguir na pegada eu acho que o 4º verso deveria ser: "Vou viver de luz, ela não me faltará.". O décimo verso seria o início de uma outra estrofe e diria: "Agora brado:" achei que ele ficou muito "ar".
    carlos o crítica, sei que estas coisas pouco importam em poesia, mas também tenho gosto em viajar nelas. Espero que não soe arrogante. Tamb´m estou adorando este canal.

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  4. Não pareceu arrogante, ao contrário, encontramos um outro canal, dentro desse já citado novo canal; encontramos um sub canal novo. falando em versos e prosas sobre versos e prosas...

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  5. gostei muito da primeira prorposta, está modificado. Arte é construção coletiva.

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  6. Agora ambas. Como tenho gostado de esdrever e reescrever

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