quarta-feira, 2 de março de 2011

Verdade do amor ou dos fatos?


A verdade do amor não é a verdade dos fatos.
Até mesmo o desejo não é a verdade de si.
Quando digo que te amo não é apenas para ti,
Digo isso esperando, para mim, o pós-ato.

Se alguma vez foste objeto do meu amor, ou do meu calor, não foi à toa.
Isso só reforça teu compromisso,
Pois quando te falo, te provoco, te atiço.
E assim não és mais passiva, não és apenas meu cismo.

É que sou carente do toque, da textura do verbo.
Amo tanto para ser amado,
Desejo para ser desejado.
Se do teu coração sou despejado,
Saio trôpego, cambaleante.
Mas se em posterior instante me mostro vibrante,
Não quer dizer que eu me manifeste ao primeiro semblante.

Amo demais, mais que deveria,
Menos do que gostaria;
Portanto se ouvir de minha boca o amor dirigido aos teus ouvidos,
É que meu coração já explodiu inteiro, não está dividido.
Se autônomo se movimenta meu ser emotivo
É por ser tu, apenas tu, o meu motivo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário