quinta-feira, 14 de julho de 2011

Do verão


Seus verões são assim:
Vai e vai
Do murmurinho ao burburinho;
Descontrai e esvai;
Descuida e escorre;
Esquenta e esquece;
Se esconde e se distrai.

Nas tempestades, de meu peito trôpego,
Brotam trovões de prata
Que atrapalham o preto céu,
Breu em que me encontro atarantado.

Mas disso não ficarei grato;
É que grunho enquanto gritam os grilhados
Que de graça me engrutam.
 
Se depois mirar meus olhos marejados,
Mergulhe no mar bravo;
Não se atenha à areia,
Se jogue nas ondas de minhas teias
Mesmo em confusão de sereia;
Para que eu volte a lhe amar inteira.
Para que meu coração não dê volta e meia.

2 comentários:

  1. Oi meu nome e Igor,e gostaria de dizer que gostei muito do seu blog,Parabéns...

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  2. Obrigado. Apesar da desprentensão dos meus escritos, um elogio assim, uma admiração assim, sem rosto, da minha arte, envaidece-me, mas me faz acreditar em mim. Muito obrigado.

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