Seus verões são assim:
Vai e vai
Do murmurinho ao burburinho;
Descontrai e esvai;
Descuida e escorre;
Esquenta e esquece;
Se esconde e se distrai.
Nas tempestades, de meu peito trôpego,
Brotam trovões de prata
Que atrapalham o preto céu,
Breu em que me encontro atarantado.
Mas disso não ficarei grato;
É que grunho enquanto gritam os grilhados
Que de graça me engrutam.
Se depois mirar meus olhos marejados,
Mergulhe no mar bravo;
Não se atenha à areia,
Se jogue nas ondas de minhas teias
Mesmo em confusão de sereia;
Para que eu volte a lhe amar inteira.
Para que meu coração não dê volta e meia.